Diretor Musical e Regente Titular
Foto: Klinsman Santana
Roberto Tibiriçá
Diretor Musical e Regente Titular
Nascido em São Paulo, Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem teve a oportunidade de trabalhar durante 18 anos, depois de ter vencido o Concurso para Jovens Regentes da OSESP em duas edições seguidas.
Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa/Portugal) e em 1994 tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli (SP). Em 2010 assumiu como Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas (SP), da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo (SP) e da Orquestra Sinfônica do SODRE, Montevidéu (Uruguai).
No Rio de Janeiro foi eleito pela crítica como o Músico do Ano de 1995 e recebeu neste Estado o Prêmio “Estácio de Sá”, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Participou do Festival Martha Argerich, em Buenos Aires, por duas vezes, a convite da própria artista, em 2001 e 2004. Já há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.
Recebeu em 2010 e 2011 o XIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico (por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e a Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli). Recebeu ainda em 2011 a Ordem do Ipiranga (a mais alta honraria do Estado de São Paulo), a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek (outorgada pelo Governo de Minas Gerais) e o Prêmio APCA (Associação dos Críticos Musicais de São Paulo) como Melhor Regente (por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis e com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais).
Ocupa a Cadeira Nº 5 da Academia Brasileira de Música e em 11 de maio de 2018 tomou posse como Membro Honorário da Academia Nacional de Música, RJ. Em 2020, em plena pandemia do Corona vírus, realizou com a OSESP - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - a Estreia Mundial da ópera em 1 ato "Cartas Portuguesas", do compositor brasileiro João Guilherme Ripper e gravou para o selo NAXUS os Choros para Clarinete, Piano, Viola, Violoncelo e a peça Flor de Tremembé, de Camargo Guarnieri.
Em 2022, é nomeado Regente Titular e Diretor Musical da Orquestra Sinfônica do Paraná, Brasil.
Maestros anteriores
Alceo Bocchino (1918–2013)
Maestro fundador e primeiro titular da OSP (1985–1990)
Regente Emérito (In Memoriam)
Nascido em Curitiba, radicado no Rio de Janeiro, foi um dos nomes mais respeitados da história musical brasileira. Desde muito cedo, demonstrava exímio talento no piano. Formou-se em piano, harmonia e composição pelo Conservatório Paranaense de Música. Teve uma carreira multifacetada como pianista, compositor, arranjador, educador e regente e foi um dos principais colaboradores musicais de Heitor Villa-Lobos. Ajudou a fundar e esteve à frente por 13 anos da Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC (atual Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense) e também foi regente da Orquestra Sinfônica Brasileira e do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi professor na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, no Conservatório de Santos e na Escola de Música Villa-Lobos. Ocupou a cadeira 37 da Academia Brasileira de Música.
Osvaldo Colarusso (1958)
Maestro assistente (1985-1990) e depois titular (1990–1998)
Nascido em São Paulo, estudou regência com Eleazar de Carvalho e aperfeiçoou-se com o russo Gennady Rozhdestvensky, na Accademia Chigiana de Siena, na Itália. Permaneceu na OSP por treze anos, primeiro como maestro assistente e depois como titular, atuando em mais de 250 espetáculos, entre concertos, óperas e balés. Após a passagem pela OSP, por mais de 20 anos, comandou programas de música clássica na Rádio Educativa, estabelecendo co-produções com importantes rádios europeias. Destacou-se também como regente convidado de inúmeras orquestras brasileiras, como a Sinfônica Brasileira, a Orquestra Petrobrás e a Sinfônica do Rio de Janeiro.
Roberto Duarte (1941)
Maestro titular (1998–1999)
Natural de Niterói (RJ), atuou como regente no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Se formou em composição e regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, estudou piano no Conservatório de Música de Niterói e Direito na Universidade Federal Fluminense. Foi discípulo e assistente de dois dos maiores mestres brasileiros, Francisco Mignone e Eleazar de Carvalho. Mais tarde, aperfeiçoou-se na Itália e na Alemanha. A conquista do Prêmio Koussevitzky no Concurso Internacional de Regentes do Festival Villa-Lobos, em 1975, no Rio de Janeiro, abriu as portas para a carreira internacional. Regeu o concerto de encerramento do ano de 1999 da OSP, uma homenagem a Villa-Lobos em seus 40 anos de falecimento.
Jamil Maluf (1955)
Maestro titular (2000–2002)
Piracicabano, maestro, pianista e compositor, graduado em Regência Orquestral na Escola Superior de Música de Detmold, Alemanha. Foi diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica Jovem do Theatro Municipal de São Paulo e, em 1990, criou a Orquestra Experimental de Repertório, na qual foi maestro por 24 anos. Na OSP, trabalhou para ampliar o público, com atrações variadas, como concertos com trilhas sonoras de cinema, com solistas instrumentistas de música popular, e apresentação de um espetáculo para computador e orquestra. Após, trabalhou como diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo e regente titular da Orquestra Sinfônica de Piracicaba.
Alessandro Sangiorgi (1960)
Maestro titular (2002–2010)
Italiano de Ferrara, formou-se em piano no Conservatório de Milão e se especializou em composição e regência. Além de Itália e Brasil, atuou em diversos países, como Bélgica, Bulgária, Croácia, Holanda, Israel, Rússia, entre outros. Iniciou os trabalhos no Brasil em 1990, no Teatro Municipal de São Paulo e, após, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Também regeu as orquestras sinfônicas Brasileira, de Porto Alegre, da Bahia, entre outras. Na OSP, ampliou o repertório sinfónico e respondeu por várias estreias mundiais. Pelos méritos artísticos realizados no exterior foi agraciado na Itália com o título de Cavaliere dell’Ordine della Solidarietà.
Osvaldo Ferreira (1964)
Maestro titular (2011–2014)
Português natural de Paços de Brandão, foi considerado o mais jovem maestro de seu país a obter reconhecimento internacional. Concluiu o curso superior de violino no Conservatório de Música do Porto. Bolsista do Ministério da Cultura e Fundação Gulbenkian, fez mestrado em Direção de Orquestra, em Chicago, e pós-graduação no Conservatório de São Petersburgo, Rússia. Na OSP, implantou seu objetivo de buscar diferenciais e espaços fora das salas de concerto, promovendo, por exemplo, apresentações em outras cidades paranaenses e até em igrejas. Entre seus projetos está a realização de espetáculos mensais para crianças, o que lotou sessões no Grande Auditório do Teatro Guaíra.
Stefan Geiger (1967)
Maestro titular (2016–2020)
Alemão de Hamburgo, aprendeu as primeiras notas no trombone com o irmão mais velho. Com uma bolsa da Fundação Alemã de Bolsas Escolares, iniciou a carreira como trombonista solo na Bayerische Staatsoper de Munique e, após, na Orquestra Filarmônica do Elba, em Hamburgo. Formou-se em direção musical e foi diretor artístico da Landesjurgendorchester Bremen (Orquestra Jovem de Bremen). Também trabalhou na direção da orquestra de Hochschule für Künste de Bremen. Regeu a OSP por escolha dos próprios músicos que o conheciam de concertos anteriores em que ele atuou como convidado. De perfil alegre e expansivo, trabalhou para extrair o máximo da orquestra, aumentando a carga de ensaios já que o grupo estava sem um regente titular havia dois anos. Auxiliou na criação do Instituto de Apoio à Orquestra Sinfônica do Paraná (IAOSP), instituição que dá suporte às atividades da orquestra.