Histórico do Teatro José Maria Santos
A história do prédio onde está localizado o Teatro José Maria Santos começa no final do século XIX, quando ali foi instalada a fábrica de malhas e confecções da família Hoffman. Antes de se tornar o auditório que conhecemos hoje, o local foi também Malharia Curitibana e Fábrica do Samba, até chamar a atenção do ator José Maria Santos, nos anos 80. Zé Maria juntou-se ao ator Irineu Adami e construiu no local o Teatro da Classe - com recursos da Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Paraná, do Serviço Nacional de Teatro, da Secretaria de Estado de Cultura e da Fundação Cultural de Curitiba.
De 83 a 86, o Teatro da Classe passou por altos e baixos devido à falta de público e recursos, ao aumento do aluguel do prédio e até mesmo à ausência temporária de José Maria Santos do teatro curitibano. Foi nesse período, o mais difícil do Teatro, que os proprietários do terreno decidiram vendê-lo e os compradores decidiram despejar os ocupantes do prédio. Nessa época, o auditório já era chamado de Teatro Treze de Maio.
Depois da venda, foi iniciada, sem aviso prévio, a demolição das paredes externas da construção. A destruição completa foi impedida devido à intervenção da classe artística e de notáveis da política paranaense. O prédio foi então tombado pelo Governo do Estado e logo foi feito um projeto de revitalização do espaço.
Apesar das obras terem sido começadas, foi apenas após o falecimento de José Maria Santos, em 1990, que houve mobilização para transformar o espaço. Oito anos mais tarde, em 27 de junho de 1998, o Teatro José Maria Santos foi inaugurado sob administração do Centro Cultural Teatro Guaíra, ligado à Secretaria de Estado da Cultura, e passou a fazer parte definitivamente do cenário cultural paranaense.