Repertório
ROMEU E JULIETA (2008, 2024, 2025)
Ficha Técnica
Coreografia e direção geral Luiz Fernando Bongiovanni
Música Sergei Prokofiev
Cenografia Cleverson Cavalheiro
Iluminação original Carlos Kur
Iluminação adaptada Diego Bertazzo
Figurino e Adereços Paulinho Maia
Direção de cena original Edson Bueno
Romeu e Julieta é uma montagem do Balé Teatro Guaíra, com direção geral e coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni, estreada em 2008 e reapresentada em 2024 e 2025. A obra apresenta uma releitura contemporânea da emblemática tragédia de amor escrita por William Shakespeare, traduzindo para os dias atuais a intensidade e a complexidade dos sentimentos presentes na narrativa original. A coreografia explora temas universais como o amor, a perda, as escolha e as consequências que delas emergem, conduzindo o público por uma jornada emocional profunda. Um elemento simbólico central é a introdução das Parcas do Destino — um trio que oferece uma nova camada narrativa, guiando a trama com ritmo renovado e ampliando o diálogo com a tradição dramática. A permanência das tragédias no repertório da companhia reflete a relevância atemporal do gênero, capaz de propor reflexões fundamentais à existência humana. Em Romeu e Julieta, a impossibilidade de controle absoluto sobre a vida revela uma vulnerabilidade essencial — lembrando-nos que, justamente nessa fragilidade, reside parte da nossa humanidade.
CARMEN (2016 e 2022)
Ficha Técnica
Concepção, coreografia e direção Luiz Fernando Bongiovanni
Codireção Edson Bueno
Iluminação Beto Bruel
Figurino Paulo Vinícios
Música Georges Bizet, Rodion Shchedrin, Arvo Pärt
Carmen é uma montagem do Balé Teatro Guaíra, com concepção, direção geral e coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni, estreada em 2016 e reapresentada em diversas ocasiões, incluindo as comemorações dos 50 anos da companhia em 2019. Inspirada na obra literária de Prosper Mérimée e na célebre ópera de Georges Bizet, a coreografia narra a trágica e intensa história da sedutora cigana Carmen, do toureiro Escamillo, do cabo da polícia Don José e de sua noiva Micaela. A narrativa aborda temas universais como ciúme, liberdade, paixão e morte, ao mesmo tempo em que propõe uma reflexão atualizada sobre o feminicídio, situando essa grave questão social no contexto contemporâneo. A dramaturgia original é habilmente entrelaçada com as composições de Rodion Shchedrin e Bizet, resultando em um espetáculo que equilibra tradição e inovação, provocando profunda emoção e reflexão no público.
O LAGO DOS CISNES (2018, 2019 e 2022)
Ficha Técnica
Concepção, Coreografia e Direção Luiz Fernando Bongiovanni
Direção de Cena Edson Bueno
Música Piotr Ilitch Tchaikovsky
Direção de Arte/Figurino e Cenografia William Pereira
Assistente de Figurino Áldice Lopes e José Rosa
Assistente de Cenografia Douglas Rangel
Aderecistas Áldice Lopes e Ricardo Garanhani
Iluminação Victor Sabbag
Assistente de Iluminação Valdevino Guerreiro
O Lago dos Cisnes é uma montagem do Balé Teatro Guaíra, com direção geral e coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni, estreada em 2018 e reapresentada em 2019 e 2022. Esta versão propõe uma releitura contemporânea do clássico, estabelecendo um diálogo entre a tradição do balé e as questões do tempo presente. A narrativa é conduzida sob a perspectiva do príncipe Siegfried, que sofre a pressão da mãe para cumprir um papel social tradicional e encontrar uma esposa. No entanto, seu destino se transforma ao se apaixonar por Odette, uma jovem enfeitiçada e transformada em cisne. Unidos pelo amor, ambos buscam libertar-se da maldição que os aprisiona. A produção se destaca pelo forte impacto visual, combinando a fluidez dos bailarinos-cisne com elementos cenográficos inovadores — como o uso de argila branca aplicada ao corpo do elenco e cenas que simulam chuva no palco — intensificando a atmosfera mágica e dramática da obra.
V.I.C.A. (2021)
FICHA TÉCNICA
Concepção, coreografia e direção Lili de Grammont
Composição Musical Ed Côrtes
Iluminação Luiz Fernando Bongiovanni e Douglas Rangel
Vídeo mapping Labirinto Produções / Gabriela Vernet, Rodrigo Alonso, Ignacio Hervas, VJ Picles, Lucas Almeida, Guaia Malinowski – Lumen Audiovisual, Rodrigo Alonso, Jack Stica
V.I.C.A. é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com concepção, coreografia e direção de Lili de Grammont, e trilha sonora original de Ed Côrtes. O espetáculo estreou em 2021 e marcou o retorno presencial da companhia aos palcos após o período de restrições causadas pela pandemia de COVID-19. A obra propõe uma reflexão sobre os desafios do mundo contemporâneo, tomando como ponto de partida o acrônimo V.I.C.A. — Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade — conceitos que se intensificaram no contexto da crise sanitária global. Com uma linguagem coreográfica que transita entre o clássico e o popular, o espetáculo explora o corpo como ferramenta de expressão coletiva. O reencontro físico entre os intérpretes, o toque e a presença ganham protagonismo, ressignificando as relações humanas em um momento marcado pelo distanciamento social e pelas interações virtuais.
PROGRAMA TERRA BRASILIS
Terra Brasilis é um espetáculo do Balé Teatro Guaíra em colaboração com a Orquestra Sinfônica do Paraná, que reúne duas criações coreográficas — Piá, de Alex Soares, e Outras Estações, de Jorge Garcia — ambos nomes expressivos da nova geração da dança contemporânea brasileira.
A obra propõe um diálogo sensível com uma das principais matrizes formadoras do ethos brasileiro: a herança europeia, revisitada sob uma perspectiva antropofágica, em ressonância com os ideais da Semana de Arte Moderna de 1922. A montagem une a potência expressiva da dança contemporânea à música barroca — com composições de Vivaldi e Boccherini — em uma interlocução entre tradição e reinvenção. Piá investiga a mestiçagem como elemento constitutivo da identidade brasileira, enquanto Outras Estações aborda os deslocamentos migratórios de diferentes grupos e coletividades, propondo uma reflexão poética e crítica sobre a formação cultural do país — especialmente no contexto do bicentenário da Independência e do centenário da Semana de 22. O espetáculo se destaca pela excelência técnica de seus intérpretes, resultado de um rigoroso processo artístico, e pela riqueza simbólica de sua composição cênica. A integração entre corpo e som, entre história e contemporaneidade, reafirma o Balé Teatro Guaíra como uma das companhias de dança mais relevantes do país.
PIÁ (2022)
Ficha Técnica
Concepção, coreografia e direção Alex Soares
Composição musical a partir de Antonio Vivaldi, Arcangelo Corelli, Heinrich Biber, George Telemann, Giovanni Valentini e Luigi Boccherini
Cenografia Guenia Lemos
Iluminação Anry Aider
Figurino e Adereços Paulo Vinícius
Piá é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com concepção, coreografia e direção de Alex Soares, estreada em 2022 como parte do espetáculo Terra Brasilis. A trilha sonora reúne composições de Antonio Vivaldi, Arcangelo Corelli, Heinrich Biber, George Telemann, Giovanni Valentini e Luigi Boccherini. A obra parte do conceito de mestiçagem como um dos pilares fundamentais da identidade brasileira. Em Curitiba, o termo “piá” é usado de forma carinhosa para se referir a crianças, mas sua origem é profunda: vem do tupi-guarani e significa “coração”, sendo uma forma afetuosa utilizada pelas mães indígenas ao se referirem aos filhos. A coreografia investiga o afeto e a complexidade de um Brasil construído na intersecção entre etnias, culturas e histórias. Com uma linguagem coreográfica precisa e envolvente, Piá valoriza uma identidade mestiça, plural e generosa — celebrando o que há de mais essencial em nossa formação: a diversidade.
OUTRAS ESTAÇÕES (2022)
Ficha Técnica
Concepção, coreografia e direção Jorge Garcia
Composição musical Antonio Vivaldi
Cenografia Guenia Lemos
Cenotecnia Studio Fabrika
Iluminação Anry Aider
Figurino e Adereços Paulo Vinícius
Outras Estações é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com concepção, coreografia e direção de Jorge Garcia, estreada em 2022 como parte do programa Terra Brasilis e reapresentada em 2024 no espetáculo Conexões. A trilha sonora é composta por obras de Antonio Vivaldi. A coreografia propõe uma reflexão poética sobre os movimentos migratórios contemporâneos. A partir da música barroca de Vivaldi, a obra explora, de forma sensível, as transformações culturais provocadas pelos deslocamentos de povos, comunidades e coletividades. A cenografia, composta por estruturas de bambu que remetem a canaviais, constrói uma atmosfera que evoca tanto o universo rural quanto os fluxos migratórios. Esses elementos ultrapassam a função de cenário e assumem papel narrativo central, potencializando a experiência estética e reflexiva do público. Outras Estações reafirma o compromisso do Balé Teatro Guaíra com temáticas relevantes e com a excelência artística na dança contemporânea brasileira.
TEMPESTADE (2022)
Ficha Técnica
Concepção, coreografia e direção Mário Nascimento
Composição musical Fábio Cardia
Iluminação Luiz Fernando Bongiovanni e Equipe Teatro Guaíra
Assistente de iluminação Valdevino Guerreiro
Cenografia Gelson Amaral
Tempestade é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com coreografia de Mário Nascimento e trilha sonora original de Fábio Cardia, estreada em 2022. Inspirada nas forças naturais e simbólicas de uma tempestade — seus extremos, sua instabilidade e intensidade —, a coreografia transforma esses elementos em movimento, criando uma linguagem contemporânea que reflete as tensões e os anseios do tempo presente. A trilha sonora destaca-se pela riqueza dinâmica, alternando momentos de força percussiva com passagens de grande delicadeza. Essa construção sonora amplia a expressividade da linguagem corporal dos bailarinos, intensificando o impacto emocional do espetáculo. Tempestade é uma obra que funde técnica, emoção e simbolismo, oferecendo ao público um retrato poético do universo urbano contemporâneo — seus conflitos, esperanças e transformações.
LENDAS BRASILEIRAS (2022)
Ficha Técnica
Roteiro, coreografia e direção geral Luiz Fernando Bongiovanni
Texto Edson Bueno
Composição musical original Alexandre Guerra
Cenário, bonecos e figurinos Ricardo Garanhani
Iluminação Valdevino Guerreiro
Lendas Brasileiras é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com roteiro, coreografia e direção geral de Luiz Fernando Bongiovanni, e trilha sonora original composta por Alexandre Guerra. Estreada em 2022 e reapresentada em 2023 e 2024, a obra resulta da parceria com a Orquestra Sinfônica do Paraná e combina dança, teatro, música ao vivo e contação de histórias. O espetáculo apresenta cinco narrativas emblemáticas da cultura popular brasileira — Mula Sem Cabeça, Jaci e a Lenda da Vitória-Régia, Caipora, Boto Cor-de-Rosa e Boitatá —, transitando entre o real e o imaginário para oferecer ao público um mergulho em um universo encantado, repleto de figuras míticas e simbólicas. Com texto de Edson Bueno e direção cênica voltada especialmente ao público infantil e familiar, a obra propõe uma reflexão sensível sobre a relação do ser humano com a natureza, destacando a importância da preservação ambiental. Com cerca de 40 minutos de duração, o espetáculo se destaca pelo uso expressivo de bonecos, cenários lúdicos e figurinos criativos, concebidos por Ricardo Garanhani, que ampliam a imersão no imaginário folclórico nacional. Lendas Brasileiras reafirma o compromisso do Balé Teatro Guaíra com a valorização da diversidade cultural brasileira por meio da arte e da educação.
PROGRAMA CONTRAPONTO
Contraponto é um espetáculo do Balé Teatro Guaíra que reúne as coreografias Anima – Imensidão Adentro, de Alan Keller, e Castelo, de Alessandro Sousa Pereira. O título faz referência ao conceito musical de contraponto, no qual linhas melódicas distintas coexistem em harmonia — metáfora que orienta a proposta curatorial do programa: a justaposição de contrastes que se tensionam e, ao mesmo tempo, se complementam. A leveza do espírito e a densidade das defesas emocionais; a busca pela essência vital e as estruturas que criamos para nos proteger; o interno e o externo, o impulso e o limite — Anima e Castelo ocupam polos distintos dentro de uma mesma experiência estética. Juntas, compõem um diálogo coreográfico que convida o público a refletir sobre as contradições e complexidades da condição humana. Contraponto reafirma o compromisso do Balé Teatro Guaíra com a pluralidade de linguagens na dança contemporânea, ao propor uma experiência artística que valoriza a diversidade de perspectivas e a escuta sensível entre diferentes vozes criativas.
ANIMA – IMENSIDÃO ADENTRO (2023)
Ficha Técnica
Concepção e Coreografia Alan Keller
Trilha Sonora Original Gilson Fukushima
Construção de Bonecos, adereços e figurinos Eduardo Santos / Equipe Cecília Berger, Inecê Gomes, Jacques Bouvoir, Greg Bassani e Crissie Viensci
Iluminação Lucas Amado
Cenografia e Preparação circense Nickolle Abreu e Pedro Mello – Circocan
Assistência Artística João Vitor Rosa e Erika Rosendo
Vozes Renet Lyon, Malki Pinsag e Leonardo Vieira
Anima – Imensidão Adentro é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com concepção e coreografia de Alan Keller e trilha sonora original de Gilson Fukushima, estreada em 2023. A obra propõe uma viagem sensorial por um universo fantástico e lúdico, onde a essência do “eu” é explorada em suas múltiplas camadas. A palavra anima carrega séculos de significados — alma, espírito, psique — nomes que a cultura humana atribui ao que dá vida ao nosso ser mais íntimo. A coreografia constrói uma narrativa abstrata que traduz, por meio da dança, da luz, de formas animadas e de elementos circenses, essa busca pela essência vital que pulsa em cada indivíduo. A trilha sonora dialoga diretamente com essa poética, envolvendo o espectador em uma atmosfera vibrante e cativante. A obra se destaca como uma obra que instiga a reflexão sobre o que nos move por dentro — um verdadeiro mergulho na imensidão do ser.
CASTELO (2023)
Ficha Técnica
Coreografia e figurino Alessandro Sousa Pereira
Trilha Sonora Original Andreas Bernitt / participação especial da Akaya Society
Cenografia Luiz Fernando Bongiovanni
Iluminação Lucas Amado
Castelo é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com coreografia e figurino de Alessandro Sousa Pereira e trilha sonora original de Andreas Bernitt, com participação especial da Akaya Society. A obra estreou em 2023. A coreografia propõe uma investigação profunda sobre as defesas emocionais que construímos diante da incerteza do mundo contemporâneo. Tensa e contraditória, a linguagem corporal revela a dualidade entre a necessidade de proteção e o desejo de liberdade. A imagem do “castelo” funciona como metáfora poderosa: enquanto abriga e protege, também pode aprisionar e isolar. A obra convida o público a refletir sobre a linha tênue entre segurança e confinamento emocional, revelando como nossas estruturas internas são moldadas pela busca de equilíbrio entre vulnerabilidade e resistência.
A trilha sonora de Andreas Bernitt reforça essa ambivalência com sons que transitam entre o sombrio e o etéreo, acentuando o impacto dramático da coreografia e ampliando a experiência sensorial da obra.
O QUEBRA-NOZES (2023)
Ficha Técnica
Direção-geral Luiz Fernando Bongiovanni
Música Pyotr Ilyich Tchaikovsky
Contos originais E.T.A. Hoffmann e Alexandre Dumas
Coreografia Luiz Fernando Bongiovanni em colaboração com os artistas do BTG
Cenografia Renato Theobaldo
Assistente de cenografia Manar Zind
Coordenação Beto Rolnik
Aderecistas Jacqueline Nascimento e George Silveira
Iluminação Wagner Corrêa
Figurinos e adereços Paulinho Maia
O Quebra-Nozes é uma montagem do Balé Teatro Guaíra, com direção geral de Luiz Fernando Bongiovanni, estreada em 2022 e reapresentada em 2024. Clássico natalino e obra-prima da dança, o balé em dois atos tem música de Piotr Ilitch Tchaikovsky, criada em 1891, e é inspirado no conto O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos, de E.T.A. Hoffmann. A história se desenrola na noite de Natal e acompanha Clara, uma jovem que recebe um boneco Quebra-Nozes e embarca em uma aventura mágica repleta de fantasia e encantamento. Nesta produção do Centro Cultural Teatro Guaíra, o foco recai sobre o processo de amadurecimento de Clara, que atravessa a transição da infância para a juventude, simbolizada pela alegoria do amor pelo Quebra-Nozes. Todos os corpos artísticos da instituição se unem no palco: Orquestra Sinfônica do Paraná, Balé Teatro Guaíra, Escola de Dança do Teatro Guaíra e G2 Cia de Dança. Mais de 150 artistas dão vida a essa experiência inesquecível, apoiados por uma equipe técnica que transforma o espetáculo em pura magia.
UNWALTZ – Isso não é uma valsa (2024)
Ficha Técnica
Concepção, coreografia e direção Mathieu Guilhaumon
Colagem musical com peças de Johann Strauss II
Cenografia Beto Rolnik
Iluminação Anry Aider
Figurino e Adereços Janaina Castro
Unwaltz – Isso não é uma valsa é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com concepção, coreografia e direção de Mathieu Guilhaumon, estreada em 2024. A obra apresenta uma abordagem contemporânea à tradicional valsa vienense, a partir de composições de Johann Strauss II.
A coreografia reinventa a dança clássica da valsa ao incorporar movimentos modernos e uma estética que dialoga com a história da dança, sem perder sua atualidade. Os figurinos, concebidos para desconstruir gradualmente as referências clássicas, e a cenografia inspirada nos salões vienenses, contribuem para o contraste entre tradição e ruptura. A música executada ao vivo pela Orquestra Sinfônica do Paraná intensifica a experiência, ampliando o impacto visual e sonoro da obra. Unwaltz convida o público a vivenciar uma nova leitura dessa dança emblemática, revelando as inúmeras conexões entre passado e presente na linguagem corporal.
ORFEU & EURÍDICE (2024)
Ficha Técnica
Direção Geral e Roteiro Luiz Fernando Bongiovanni
Coreografia Eladio Prados e Luiz Fernando Bongiovanni
Composição, Direção musical e Texto Ed Côrtes
Cenografia Renato Theobaldo
Desenho de luz Lucas Amado
Consultoria circense e Rigging Pedro Mello
Figurinos Cassio Brasil
Produção de figurinos Patrícia Sayuri Sato
Assistência de figurinos Giovane Reynard
Orfeu & Eurídice é uma criação do Balé Teatro Guaíra, com direção geral e roteiro de Luiz Fernando Bongiovanni, coreografia de Eladio Prados e Luiz Fernando Bongiovanni, e trilha sonora original composta e dirigida por Ed Côrtes. Estreada em 2024 e reapresentada em 2025.
Inspirado na tragédia grega de mesmo nome, o espetáculo mergulha nas profundezas dos grandes temas humanos: vida e morte, amor e perda, confiança e destino. Mais uma vez, a companhia se debruça sobre o gênero trágico, reafirmando a relevância da tragédia como forma de arte capaz de revelar ao homem contemporâneo o limite de seu controle sobre o mundo. A montagem rompe com os formatos tradicionais da dança ao incorporar a força das danças urbanas, uma trilha sonora eletrônica com instrumentos clássicos executados ao vivo, e recursos tecnológicos que ampliam a experiência sensorial da plateia. Orfeu & Eurídice se apresenta como uma síntese entre o ancestral e o contemporâneo — entre o mito e a modernidade.
A narrativa acompanha Orfeu, filho de Apolo e da musa Calíope, dotado de um talento musical tão extraordinário que era capaz de comover homens, deuses e a própria natureza. Apaixonado por Eurídice, uma ninfa, Orfeu vive um amor intenso que é interrompido tragicamente quando ela morre. Inconformado, ele desce ao mundo dos mortos e, por meio de sua música, convence os deuses a lhe devolver Eurídice — com a condição de não olhar para trás durante o caminho de volta. Tomado pela dúvida, Orfeu desobedece e a perde para sempre.
Essa lenda atemporal ganha nova forma nos palcos do Centro Cultural Teatro Guaíra, numa encenação que alia intensidade dramática, inovação estética e rigor técnico, reafirmando o poder transformador da arte de narrar mitos através do corpo.