Desde a sua estreia em Londres, em 2022, “Prima Facie” seguiu uma trajetória meteórica. Escrito por Suzie Miller, o texto ganhou dezenas de montagens ao redor do mundo, conquistou a Broadway e o West End inglês, virou objeto de disputa entre produtores e inspirou debates e esforços para mudar algumas leis britânicas. Com Débora Falabella em seu primeiro solo teatral, sob direção de Yara de Novaes, a montagem, que estreou em abril de 2024 no Rio de Janeiro e se tornou em um fenômeno de público instantâneo, chega ao palco do Guairão para duas sessões lotadas no dia 25 e 26 de março pela Mostra Lucia Camargo do 33º Festival de Curitiba. 

Em cena, Débora - a inesquecível Nina da novela Avenida Brasil - vive a bem-sucedida advogada Tessa, que tem acusados de violência sexual entre seus clientes. Vinda de uma família pobre, ela batalhou e venceu no complexo mundo da advocacia. Ao mesmo tempo em que experimenta o sucesso, ela precisa encarar uma crise que a obriga a rever uma série de valores e princípios, além de refletir sobre o sistema judicial, a condição feminina e as relações conturbadas entre diversas esferas de poder.

Devido ao êxito nos palcos, a autora Suzie Miler foi convidada para debater sobre o tema na última assembleia da ONU sobre o abuso de mulheres. Atualmente, “Prima Facie” conta com montagens em cartaz nos palcos de países como Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia, Turquia, entre muitos outros. 

Em agosto de 2024, o espetáculo se apresentou em Brasília e recebeu a ministra do STF Carmen Lucia, o ex-ministro do STF Ayres Britto e a subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, para uma conversa após a sessão.

Nos debates que ‘Prima Facie’ realizou em Brasília e no Rio de Janeiro foram abordados temas como a representatividade feminina no judiciário, a legislação de violência sexual e o fenômeno que a peça vem causando em diversas montagens ao redor do mundo.

Premiações e indicações – Débora Falabella venceu o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Melhor Atriz de Teatro em 2024 e também recebeu o Prêmio Arcanjo de Melhor Solo. Já o espetáculo recebeu três indicações para o próximo Prêmio Shell de Teatro: Melhor Atriz (Débora Falabella), Melhor Direção (Yara de Novaes) e Música (Morris) e sete indicações ao Prêmio APTR: Melhor Espetáculo, Melhor Produção não-musical, Atriz (Débora Falabella), Direção (Yara de Novaes), Cenografia (André Cortez), Iluminação (Wagner Antonio) e Figurino (Fabio Namatame).