Espetáculo gratuito resgata público e atrai novas apreciadoras 10/03/2023 - 18:03

A noite do dia 08 de março foi de homenagem às mulheres e elas brilharam no palco e na plateia do auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão). Com entrada gratuita, o teatro atraiu o púbico para uma sessão especial do “Terra Brasilis” para o Dia Internacional da Mulher, unindo o Balé Teatro Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná. Nas cadeiras, meninas encantadas com a primeira vez no auditório, amigas, famílias e senhoras revivendo tempos de plateia assídua.

“Fiz balé clássico e já tinha vindo algumas vezes no teatro, mas não tinha visto o balé ainda”, confessou Daniele Cristine Felipeto, nutricionista, fazendo alguns registros no intervalo entre as duas partes do espetáculo Piá e Outras Estações.

Para quem já era fiel aos concertos de domingo de manhã da OSP no Guairão, o espetáculo foi um convite para passar a acompanhar também o BTG. “Foi bem gratificante. A orquestra a gente sempre vem ver, mas o balé é a primeira vez. Ficamos encantadas”, contou Cristiane Woitscheckovsky, professora, ao lado das duas amigas que vieram juntas direto do trabalho.

Além de dança e música, o teatro uniu curiosidade inquieta com contemplação da beleza. Foi a primeira de Alice no maior auditório do Teatro Guaíra. Bem agitada ao final do espetáculo, a mãe Camila Wiens disse que a pequena ficou atenta aos bailarinos. “Ela falou que queria subir no palco e fazer o reloginho”, repetiu a mãe sobre uma parte da coreografia.

Algumas fileiras para trás, estava Nadyr Henriqueta Carniel (dona Geralda), 88 anos, que vinha frequentemente ao Guaíra até os anos 80. “Eu estou emocionada. Em 74 eu já frequentava, vinha ver o balé. Morava em uma chácara há vinte quilômetros e, tinha que atravessar um banhado e um mato e vir de ônibus sozinha. Depois não tive mais oportunidade e hoje estou voltando”, lembrou com os olhos brilhando.

“O que sempre me chamou a atenção é a beleza, o movimento, os gestos, a criatividade, a harmonia do movimento”, descreveu ela que foi freira, depois se dedicou aos estudos da yoga e se tornou pesquisadora sobre os princípios da medicina chinesa no Brasil.

Geralda e a amiga que a trouxe, Rosana Keller Richter, que assistia ao espetáculo pela segunda vez, também estavam animadas em ter nas mãos exemplares do livro que conta os 52 anos do Balé Teatro Guaíra. Para acessar o livro digital, lançado neste mês de março, clique aqui.

“Fiquei emocionada com a apresentação e com os comentários de alguns expectadores, os quais nunca tiveram a oportunidade de assistir um espetáculo desse nível. Algumas outras com a autoestima elevada, mencionavam a felicidade em estar no teatro. Parabéns mil vezes pela iniciativa em proporcionar essa emoção”, registrou Deise Santini nas redes sociais no dia seguinte ao espetáculo.