Balé Teatro Guaíra estreia “Orfeu e Eurídice” em montagem inovadora 08/11/2024 - 18:25

Pela primeira vez uma superprodução do Balé Teatro Guaíra se debruça sobre uma tragédia grega. “Orfeu e Eurídice” é uma montagem inovadora do Centro Cultural Teatro Guaíra. Além de não ser um tema tradicional de dança, o trabalho incorpora outros diferencias: a estética das danças urbanas, música composta em base eletrônica e instrumentos clássicos ao vivo e sincroniza tudo com tecnologia de ponta. A estreia é neste sábado (9) no palco do auditório Bento Munhoz da Rocha (Guairão), às 20h30.
As apresentações seguem domingo (10), às 18h, e segunda-feira (11), às 20h30. Os ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) estão disponíveis no site DeuBalada.com e na bilheteria do teatro.
“‘Orfeu e Eurídice’ busca celebrar o viés de produção criativa que a companhia vem retomando”, destaca Luiz Fernando Bongiovanni, em seu terceiro ano como diretor da companhia. O novo trabalho se torna a décima produção dessa gestão, que coleciona um repertório diversificado: V.I.C.A, Piá, Outras Estações, Tempestade, Lendas Brasileiras, Anima – Imensidão adentro, Castelo, Quebra-Nozes e Unwaltz – Isso não é uma valsa.
“É motivo de muito orgulho perceber que o Balé Teatro Guaíra tem se tornado uma das grandes forças criativas do país”, frisa Bongiovanni. A fala é reforçada por Ed Côrtes, autor de arranjos orquestrais e trilhas sonoras para TV e cinema, como o filme Cidade de Deus e outros da indústria de Hollywood.
“Não tem ninguém no Brasil fazendo um espetáculo desse tamanho, com essa característica artística. É admirável a gente poder fazer parte de um negócio dessa tamanho e 100% original”, cita Côrtes, convidado para assinar a composição musical do espetáculo.
No palco, a base eletrônica e acústica composta e gravada pelo compositor e instrumentista – usada por Bongiovanni e o coreógrafo Eladio Prados por meses nos ensaios – ganha a música ao vivo de seis integrantes da Orquestra Sinfônica do Paraná. Hélio Leite na harpa, Jader Cruz na viola, Maria Montaño no violoncelo, Augusto Andrade na guitarra elétrica, Bruno Oliveira na bateria e Leonardo Gorosito na percussão, além de Ed Côrtes no sax.
Arte e Tecnologia
A direção de arte do projeto que vai despertar sensações e emoções distintas no público está a cargo de um trio especial. Renato Theobaldo trouxe a sutileza em várias camadas para a cenografia. Cássio Brasil usou as cores para criar um contraste entre os ‘dois mundos’ da mitologia no figurino. No desenho de luz, Lucas Amado trouxe a expertise de sincronizar tudo com tecnologia.
“O timecode é uma tecnologia usada no mundo dos grandes espetáculos e vai ser usada aqui no Guaíra pela primeira vez. Vai ser interessante para esse processo porque sincroniza som, luz e coreografia. Então quando der o play no início, a luz vai falar junto com a coreografia até o fim do balé”, explica Amado.
Outro destaque da produção é a consultoria artística do CircoCan, representado por Pedro Mello e responsável em trazer ao espetáculo uma nova dimensão: a dança que transcenda o chão. Uma novidade na performance dos bailarinos que irá surpreender.
Para fechar o elenco de artistas convidados e criadores da casa, o corpo técnico do Centro Cultural Teatro Guaíra faz, nos bastidores, a obra inédita pulsar no palco.
Sobre o mito
Na história , Orfeu, filho de Apolo e da musa Calíope, é conhecido por seu talento musical, especialmente com a lira, instrumento que lhe permitia encantar tanto seres humanos quanto a natureza ao seu redor. Orfeu se apaixona perdidamente por Eurídice, uma ninfa, e os dois decidem se casar. No entanto, o destino afasta o casal de forma trágica: um pouco antes do casamento, Eurídice é picada por uma cobra e morre. Devastado pela perda, Orfeu decide descer ao mundo dos mortos, do domínio do deus Hades, para trazer sua amada de volta. No reino do submundo, Orfeu usa a música para comover os deuses Hades e Perséfone, que lhe concedem uma oportunidade única: levar Eurídice de volta ao mundo dos vivos. O deuses dão a Orfeu apenas uma condição: Orfeu deve seguir à frente e em nenhuma hipótese olhar para trás, para Eurídice que viria atras dele, até saírem do reino inferior. Mas, tomado pela dúvida, quando está quase chegando na saída do reino de Hades, Orfeu olha para trás, e perde Eurídice para sempre, condenando a amada a permanecer no mundo dos mortos.
Serviço:
Orfeu e Eurídice
Dias: 09 às 20h30, dia 10 às 18h e 11 de novembro às 20h30
Local : Auditório Bento Munhoz da Rocha (Guairão)
Ingressos: na bilheteria do Teatro Guaíra e no site Deubalada.com