Balé Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná, juntos, interpretam “Romeu e Julieta” 26/04/2023 - 10:55

Estreia nesta sexta-feira (28) a curta e emocionante temporada do espetáculo “Romeu e Julieta” no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão). A montagem une o Balé Guaíra e a Orquestra Sinfônica do Paraná, dois grandes corpos artísticos públicos que orgulham nosso Estado, em quatro noites: 28 e 29 de abril (sexta e sábado) e 2 de maio (terça-feira), às 20h30; e 30 de abril (domingo), às 18 horas.

“É imperdível. A interpretação maravilhosa dos bailarinos com a música da Orquestra forma um dos espetáculos mais bonitos do repertório do Teatro Guaíra”, define Cleverson Cavalheiro, diretor-presidente do Centro Cultural Teatro Guaíra. E o público estava mesmo aguardando, tanto que, conforme a bilheteria, os ingressos já estão esgotando.

O Balé Teatro Guaíra, terceira companhia de dança mais antiga do Brasil, foi criado em 1969 e já coleciona mais de 150 coreografias. No currículo da Orquestra Sinfônica do Paraná, desde 1985 já constam mais de 500 apresentações. Juntos, destacam-se as montagens “O Quebra-Nozes”, “O Lago dos Cisnes” e “Romeu e Julieta”, que volta ao palco, repaginada, quinze anos depois da primeira montagem de Romeu e Julieta pelo Centro Cultural Teatro Guaíra.

O cenário de 2008 foi adaptado, mas o diálogo entre cenografia e história foi mantido. “Naquela época, foram meses de pesquisa no processo de criação. Juntar uma estrutura gigantesca e uma história tão sensível foi um desafio e uma realização. E essa composição da cenotécnica, da iluminação, do figurino maravilhoso com o enredo dá um resultado brilhante”, atesta Cavalheiro, que foi o cenógrafo da primeira montagem.

No palco, a coreografia encena o drama atemporal dos dois jovens apaixonados, da obra de William Shakespeare, separados pela rivalidade de suas famílias e pelo destino. “A nossa versão traz um diferencial, que são as parcas do destino, que vão tecendo a trama”, destaca o diretor do Balé Teatro Guaíra, Luiz Fernando Bongiovanni, que também é responsável pela coreografia e atuou como coreógrafo convidado em 2008.

Maestro convidado, Marcos Arakaki garante que a montagem com a composição de Sergei Prokofiev irá emocionar. “Vamos interpretar esse magnífico balé que traz uma música arrebatadora em uma releitura moderna e contemporânea”, cita.

De volta a Curitiba, Arakaki lembra a experiência que teve em 2015. “Tive a alegria e a honra de reger a Orquestra Sinfônica do Paraná com o Balé Teatro Guaíra na última montagem de Cinderela, além de diversas outras parcerias como regente convidado em concertos didáticos, turnês pelo estado do Paraná e outros concertos neste templo das artes que é o Centro Cultural Teatro Guaíra”, conta.

ANTIGA E ATUAL – Uma obra tão famosa que retrata o amor trágico entre dois jovens de famílias rivais seria ainda atual? Bongiovanni responde falando sobre o que a tragédia pode motivar em nós, como os sentimentos de compaixão e medo. “Pena por perceber quão fácil é cometer um pequeno deslize que leva a um verdadeiro desastre. E, depois de um pouco de reflexão, uma certa dose de medo por perceber o quanto nossa vida é vulnerável e o quanto poderíamos agir de uma forma semelhante se o destino resolvesse nos testar”, explica.

“Em um mundo contemporâneo em que cada um é apontado como responsável pelo seu fracasso ou sucesso, a tragédia talvez nos ensine a não julgar tão fácil, a ser mais compreensivos, cordiais e amigáveis uns com os outros. O mundo precisa da nossa empatia”, conclui o diretor do Balé Teatro Guaíra.

Serviço

Apresentação: 28 e 29 de abril (sexta e sábado), às 20h30; 30 de abril (domingo), às 18h; 2 de maio (terça-feira), às 20h30

Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão)

Tempo de duração do espetáculo: aproximadamente uma hora e trinta minutos

Classificação: 7 anos

Especificação do espetáculo: Concerto

PREÇO ÚNICO:
R$ 20,00 (vinte reais), com meia-entrada, conforme legislação - lugares livres

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