Shows da Oficina de Música de Curitiba reafirmam Teatro Guaíra como espaço icônico no Paraná 05/02/2024 - 15:49

Em todos os dias da 41ª Oficina de Música de Curitiba o público conferiu apresentações incríveis no icônico Teatro Guaíra. Palco para a abertura e o encerramento da edição que homenageou os 80 anos do poeta Paulo Leminski, o auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, o Guairão, colecionou apresentações memoráveis com convidados especiais.

"O Centro Cultural Teatro Guaíra é um verdadeiro pilar da cultura paranaense e, ao longo de sua existência, foi o epicentro de experiências inesquecíveis não apenas para o público, mas também para artistas e técnicos de todo o Brasil e do mundo”, afirmou a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.

“Eventos como esse reafirmam a vocação desse espaço onde se respira cultura e arte. Acompanhar a vibração diária dos espetáculos promovidos nesta edição da Oficina de Música de Curitiba no Guaíra foi emocionante", destacou.

Entre os artistas dos mais diversos gêneros e expressões musicais, Fernanda Takai, Zélia Duncan, Estrela Leminski, Téo Ruiz, Relespública, Edgard Scandurra (Ira!), Maria Alcina, Banda Lyra, Jovem Dionísio e Criolo se apresentaram em parcerias e repertório inéditos, incluindo Camerata Antiqua de Curitiba, Sons Nikkei e orquestras formadas por professores e alunos da 41ª Oficina.

Uma das mais importantes cantoras/compositoras da Música Brasileira, Fernanda Takai celebrou os 30 anos com da banda mineira Pato Fu no Guairão em setembro do ano passado. “A primeira vez que eu toquei aqui lembro que foi um desafio pela grandiosidade e tradição do teatro. Já me apresentei solo e com Pato Fu. A gente se hospeda próximo e é muito gostoso ver a movimentação em torno do teatro, as pessoas chegando e a plateia lotada”, contou ela.

“Me sinto privilegiada de fazer parte um pouquinho dessa história do Teatro Guaíra”, definiu Fernanda Takai durante o ensaio para a apresentação que uniu a ela Orquestra à base de corda e Sons Nikkei.

Ritmos brasileiros e japoneses se encontraram na noite de teatro lotado. Recebida com muito carinho pela plateia, ela abriu o show interpretando Ta-hi (Pra você gostar de mim), marchinha de Joubert Carvalho que fez sucesso na voz de Carmem Miranda. Na sequência vieram alguns sucessos de sua carreira solo, como Ritmo de chuva, Não esqueça e Menino bonito. Fernanda também cantou em japonês como Made In Japan, com arranjo do maestro João Egashira.

O casal Heloísa e Ricardo Daniachi, “fregueses” da Oficina de Música de Curitiba e fãs da Orquestra À Base de Corda, levaram o filho Bernardo para assistir ao show. “Foi maravilhoso e emocionante como toda a programação desse festival”, destacou Heloísa.

Artistas locais
Maior palco do atual Centro Cultural Teatro Guaíra, o Guairão completa 50 anos de existência e, durante a Oficina recebeu duas bandas símbolos de Curitiba: Relespública, há 35 anos na estrada do rock, e Jovem Dionísio, no rol da nova geração. Em comum, além do local de nascimento, memórias no Teatro Guaíra.

Formada por fãs do The Who e de bandas brasileiras como Ira!, a Relespública convidou justamente o guitarrista Edgard Scandurra, da banda Ira! para executar músicas que marcaram a história do grupo de rock. Um show que trouxe para a plateia a empolgação dos fãs de uma das bandas mais longevas da cidade.

“É muito mais que um show, é um espetáculo e um momento histórico par uma banda onde todos nasceram e se conheceram em Curitiba e sempre viram o teatro como algo gigantesco e maravilhoso”, definiu Fábio Elias, guitarra e vocal. “Eu era criança e estudava em um colégio ao lado do teatro, então poder participar desse momento é uma alegria e um orgulho imenso”.

Banda de indie pop que estourou com o hit “Acorda Pedrinho”, e que retorna à cidade depois de uma turnê pela Europa, Jovem Dionicio estreou no palco do Teatro Guaíra. “Eu já vim em show, em balé, em teatro e nunca imagine que ia subir nesse palco. Eu só vinha aqui e apreciava. É muito especial”, contou o vocalista Bernardo Pasquali ‘Belni’.

Para os irmãos Gabriel Dunajski Mendes 'Mendão' (bateria e composições) e Rafael Dunajski Mendes 'Fula’ (guitarra), foi a segunda vez no palco. “Foi uma apresentação de coral e a gente era bem pequeno. Mas lembro dessa mesma sensação de nervosismo. É um sentimento muito forte de tocar em um momento bem no meio da cidade”, disse Rafael. “Estamos muito felizes de estar aqui juntos celebrando em Curitiba, sendo de Curitiba”, completou Bernardo.

Nas primeiras fileiras, um grande grupo de pessoas vestindo camisetas azuis, os velhos Dionísios, formado por familiares dos músicos, testemunhou o espetáculo. Mariuze Mendes, mãe dos músicos Rafael e Gabriel, expressou sua alegria: "Foi surpreendente vê-los tocando em um espaço tão importante da cidade. A energia e o astral são diferentes, é um reconhecimento que nos deixa muito felizes."

As amigas Mariele Benegocci e Ágata Bispo Jacomani também destacaram a diferença de assistir a um show em um renomado teatro da cidade. "A experiência proporcionada pela Oficina é incrível. Assistir ao show em um teatro é completamente diferente, sem contar no conforto. Um espaço com tanta história faz o show ficar ainda mais emocionante," comentou Mariele, que estava no Guairão pela primeira vez.

Nas redes sociais do Teatro Guaíra, Fernanda Takai e Jovem Dionísio falam sobre a sensação de se apresentarem no Guairão.

Oficina de Música
A 41ª Oficina de Música de Curitiba foi realizada de 25 de janeiro a 4 de fevereiro, viabilizada pelo Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba, com patrocínio do grupo Volvo e Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná.

Além das apresentações no palco principal, o auditório Salvador de Ferrante (Guairinha), que completa 70 anos de inauguração, recebeu no último fim de semana a Ópera de Giacomo Puccini, em versão em português e em italiano. Ainda entre os espaços mantidos pelo Governo do Estado que receberam a programação da Oficina, a Biblioteca Pública do Paraná foi palco para “Cortina Lírica”, também em homenagem aos 100 anos da morte de Puccini, e o cantor Troy Rossilho mostrou suas composições a convite dos músicos Fabiano “O Tiziu” e “Kilânio”, nome da orquestra composta por quatro violões.

 

*Colaborou com o texto, a SMCS - Secretaria Municipal de Comunicação Social.

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