Guaíra promove oficinas virtuais para crianças de casas-lares 02/10/2020 - 12:49

Um grupo de 20 crianças de quatro casas-lares de Curitiba teve uma quarentena com mais diversão graças a um projeto do Centro Cultural Teatro Guaíra. A iniciativa “Arte em Nós” promove desde o mês passado oficinas virtuais de expressão corporal e vocal, consciência artística e linguagem corporal. A previsão é que em 2021 as atividades sejam desenvolvidas de forma presencial no Teatro Guaíra.

O “Arte em Nós” surgiu após um grupo de crianças demonstrar interesse nas atividades de balé ofertadas pelo Teatro Guaíra. O planejamento inicial era que as oficinas tivessem iniciado ainda no primeiro semestre de forma presencial, mas a ideia foi adiada em função da pandemia do coronavírus. O interesse dos pequenos foi tão grande, no entanto, que a equipe topou o desafio de começar as oficinas de forma virtual sem nunca ter tido contato pessoalmente com os meninos e meninas.

George Sada, professor de interpretação teatral e coordenador do projeto, explica que as atividades virtuais foram um desafio em dobro, que requereu uma reestruturação pedagógica das oficinas para que elas fossem interessantes no ambiente on-line. Os resultados, porém, têm sido positivos e a iniciativa tem ajudado a tornar o enfrentamento da pandemia mais leve.

“A experiência está sendo transformadora nas nossas vidas, a cada semana vemos uma mudança nas crianças, vemos como a arte tem entrado na vida deles aos poucos. Há momentos em que me sinto praticando O Pequeno Príncipe, sendo responsável por tudo aquilo que cativamos, de uma maneira só virtual. Não vemos a hora de poder encontrá-los pessoalmente, mas nesse rápido momento on-line semanal, sabemos que estamos fazendo a diferença”, afirma George.

A diretora do Teatro Guaíra, Monica Rischbieter, explica que a principal diretriz do Governo do Estado é democratizar o acesso à cultura e o “Arte em Nós” é o projeto que melhor representa isso hoje. “A pandemia trouxe uma oportunidade de refletirmos sobre a forma de ampliar nossa presença com o público que tem menos acesso a espaços culturais. O virtual se tornou uma forma de chegar a pessoas que não alcançávamos antes”, diz.

No início, as atividades eram feitas com celulares das equipes das casas-lares, depois o CCTG intermediou a doação de quatro computadores com o Grupo Positivo. Além de George Sada, também fazem parte da iniciativa a atriz Gabrielle Massolin e a psicóloga Dayane Arcie, do Lar Batista.

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